DESTRUINDO ILUSÕES E INFANTILIDADES

 

 

(...) O Espiritismo não é doutrina vazia, inócua, onde se acomodem a preguiça e o orgulho. É bandeira de redenção que o Espírito de Verdade desfraldou no solo glorioso da França de Victor Hugo e [Camille] Flammarion, quando se acendiam as primeiras luzes da segunda metade do século XIX.

Destruindo ilusões e infantilidades, esclarece e encaminha as criaturas para o bem. De conteúdo divino e finalidades essencialmente educativas, aponta responsabilidades, acentua deveres, impõe obrigações. Ensina que não basta ao homem dizer “Senhor! Senhor!” para obtenção da felicidade, mas que será ele o artífice da própria elevação, construtor da própria felicidade, uma vez que os valores do espírito não se manifestam de fora para dentro, da periferia para o centro.

Assim sendo, a Doutrina Espírita põe abaixo a lei do menor esforço, desmoronando as ilusões que os espíritos preguiçosos costumam embalar, uma vez que realça o sentido das palavras de Jesus, quando afirma que nem todos os que dizem “Senhor! Senhor!” entrarão no reino dos céus.

Sob o impulso do Espiritismo, que se apoia no bom senso e na lógica, aglutinaremos, no curso dos milênios, as possibilidades intrínsecas que o Criador depositou em nosso mundo consciencial, elevando-nos, pelo esforço próprio e sob a égide de Jesus Cristo, às paragens de luz da imortalidade vitoriosa.

 

Revista:          Reformador

abril de 1958

 

Livro:  Evangelho Puro, Puro Evangelho – Na Direção do Infinito

Martins Peralva, organização de Basílio Peralva