A ALEGRIA DE CHICO XAVIER

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          A sua palavra [de Chico Xavier] era sempre a palavra espiritual profunda. Muitas vezes a sabedoria lhe explodia dos lábios através do riso alegre. Porque o Chico é uma criatura risonha e alegre. Onde ele está não há tristeza.

          Cremos firmemente que o Reino de Deus é o Reino da Alegria Perfeita e temos para nós que o Cristianismo é Doutrina de Alegria. Não podemos compreender as correntes do Cristianismo que fossilizaram-se tornando, na sua interpretação, o Cristianismo de Alegria e Vida em Cristianismo de Tristeza e Morte.

          O Catolicismo estacionou na morte do Cristo. Para ele não há ressurreição. Morreu quando Jesus morreu, mas não ressurgiu ao terceiro dia. E a prova disso é que continua a fazer procissões pelas ruas de todo o mundo, nas quais as velas acesas e os véus de crepe apresentam um enterro permanente. Enterraram o Cristo e tem-se a impressão que tudo no Catolicismo exclama: está enterrado e ninguém o desenterrará.

          Batinas pretas, véus de crepe preto, velas e enterro, tal é o panorama do Catolicismo exibido ao mundo durante dois milênios.

          O Protestantismo, escravizado na rigidez da letra, assombra as almas com a intolerância sem limites. Só o Espiritismo Cristão estabelece uma doutrina de liberdade. “Onde há o Espírito do Senhor, aí há liberdade”, proclama o Apóstolo.

 

Livro:  Forças Libertadoras

            R. A. Ranieri

            Editora Eco