Deus te abençoe, meu filho

 

Houve tempos em que era comum o gesto. A vida moderna, o abandono de Deus pelas criaturas, o fez quase desaparecer.
 
Raro é o lar onde ainda se manifesta. Em lugares ermos, onde a simplicidade da vida se consorcia com a fé, ainda persiste.
 
Falamos do que era costume de inúmeras famílias.
 
Quando as crianças levantavam, pela manhã; quando se preparavam para dormir; quando cumprimentavam as visitas, uniam as mãos e as estendiam em direção dos pais, avós, tios, padrinhos, pedindo:
 
A bênção, pai!
 
A bênção, vó!
 
A bênção, madrinha!
 
E esses, com suas mãos envolviam as infantis e desejavam:
 
Deus te abençoe, meu filho!
 
Naturalmente que, pelo hábito, o gesto passou a ser quase mecânico.
 
Isto é, muitas vezes era repetido somente por ser tradição, sem envolvimento emocional algum.
 
De toda forma, a simples menção do nome de Deus, na frase, com emissão de bênçãos, tinha seu valor.
 
Era o momento em que o pequeno, chutando bola ou brincando na terra, corria ao encontro do recém-chegado para dizer, quase sem fôlego:
 
A bênção, tio!
 
E receber o carinho das mãos gigantes, em torno das suas.
 
Podemos imaginar o efeito quando o adulto, cheio de saudades, de amor, dizia com toda unção:
 
Deus te abençoe, meu filho!
 
Como faz falta Deus em nossos lares e em nossas vidas.
 
Quantos distúrbios, desentendimentos, rusgas poderiam ser amainadas. Ou evitadas.
 
Quanta inquietação infantil, manhas e teimosias poderiam ser diluídas, com a formalidade de bênçãos aos filhos.
 
Isso porque a palavra carrega as vibrações de quem as pronuncia. Essas vibrações envolvem o ser a quem são dirigidas.
 
Podemos imaginar-nos, pais amorosos, dizendo ao filho: Deus te abençoe, o quanto de bênçãos a ele endereçamos.
 
Podemos cogitar de que, tantas vezes pronunciado o desejo, o mantemos envolvido em um halo de reconforto.
 
As bênçãos de Deus.
 
Tão esquecidas e tão ao nosso alcance.
 
* * *
 
Você, pai ou mãe, avô ou avó, tio ou tia, padrinho ou madrinha, que ama esse pequeno ser que viu nascer, que observa crescer, que o deseja feliz e triunfante, pense nisso!
 
Pense nisso e comece a utilizar o Deus te abençoe,
 
Deus te guarde,
 
Deus te proteja, muitas vezes.
 
Constatará, após um tempo, os benefícios alcançados, que se traduzirão em menos rebeldias e teimosias; menos explosões de raiva e egoísmo; mais aconchego...
 
Tente e constatará porque as bênçãos de Deus são vibrações inigualáveis.
 
Como o sol que espanta o frio e ilumina o Mundo, elas aquecerão o coração da sua criança, o seu também e todos seremos muito mais felizes.
 
Com as bênçãos de Deus.
 

Redação do Momento Espírita Disponível no CD Momento Espírita, v. 13, ed. Fep.