OS ESPECTADORES
NA SEARA ESPÍRITA
Ora, vós sois do Cristo e, individual-
mente, membros desse corpo.
Paulo
(I Coríntios, 12:27)
Em Doutrina Espírita é indispensável nos convençamos definitivamente – todos nós, os seus cultivadores – de que não fomos chamados às construções de espiritualidade para desempenhar a mera função de espectadores.
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Jamais escorar-nos na ideia de imperfeição pessoal para demitir-nos do trabalho a fazer.
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Observar que as edificações do bem comum, acima de tudo, pertencem a nós que lhes percebemos a urgência e a necessidade, e não a outros que ainda não despertaram, em espírito, para considerar-lhes a importância.
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Não queixar-nos da falta de orientação no dever a cumprir, porquanto estamos informados com respeito às atitudes que nos competem na esfera da consciência.
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Não transferir aos amigos, sejam quais forem, a culpa de nossos fracassos ou qualquer das obrigações que a vida nos atribui.
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Olvidar a sensibilidade ferida e atuar incessantemente para que se realize o bem de todos.
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Fugirmos de contendas em torno de problemas doutrinários acessórios, mas sustentar o conceito criterioso e sereno na preservação dos valores essenciais.
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Estimar a posição de todos os companheiros no degrau em que se colocam, sem desprezar a nenhum.
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Cientificar-nos de que o conselho bom, sem o bom exemplo, é comparável a promissória sem crédito a caminho de protesto nos tribunais da vida por falta de pagamento.
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Erguer o esforço da ação construtiva ao nível de nossa responsabilidade, identificável na altura de nossa palavra edificante.
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Acatar as experiências alheias e aproveitá-las.
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Resistirmos à influência do mal sem render-nos à falsa suposição de que não podemos abolir ou diminuir o quadro das provações necessárias.
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Nunca vivermos tão profundamente mergulhados nos grandes ideais que não encontremos tempo para as demonstrações pequeninas de entendimento e de afeto.
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Equilibrarmos os recursos da existência, de modo que não sejamos pesados à coletividade a que se vincula a nossa cooperação.
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Recusar privilégios.
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Reconhecermos que, se a Doutrina Espírita nos serve e auxilia de inúmeros modos, é natural que ela chegue até nós esperando venhamos a conhecer e praticar a nossa obrigação de auxiliar e servir.
Livro: Bênção de Paz
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
GEEM – Grupo Espírita Emmanuel Sociedade Civil Editora