Amemos, aperfeiçoando-nos

Identifiquemos no lar humano o caminho de nossa regeneração
A família consangüínea na Terra é o microcosmo de obrigações salvadoras em que nos habilitamos para o serviço à família maior que se constitui da Humanidade inteira.
 
O parente necessitado de tolerância e carinho representa o ponto difícil que nos cabe vencer, valendo-nos dele para melhorar-nos em humildade e compreensão.

 

Um pai incompreensivo, um esposo áspero ou um filho de condução inquietante, simbolizam linhas de luta benéfica, em que podemos exercitar a paciência, a doçura e o devotamento até o sacrifício!...
Especialmente no tocante aos filhos, não nos esqueçamos de que pertencem a Deus e à vida, acima de tudo!...
Na esfera carnal, a Providência Divina nos sela a memória, no favor do renascimento, envolvendo-nos com o sopro renovador de abençoada esperança! Por isso mesmo, não nos cabe olvidar que os filhos são sempre laços preciosos da existência, requisitando-nos equilíbrio e discernimento em todas as decisões...
Para desobrigar-nos da grande tarefa que a maternidade nos impõe, é imprescindível entender-lhes o psiquismo diferente do nosso, a exigir, muitas vezes, um tipo de felicidade que não se harmoniza com o nosso modo de ser. Saibamos, assim, prepará-los, sem egoísmo, para o destino que lhes compete!
O carinho escravizante assemelha-se a um mel envenenado, enredando-nos na sombra. Conservemos nosso espírito arejado pela justiça, para que a nossa afetividade seja uma bênção com a possibilidade de educar os que nos cercam, na escola do trabalho salutar!..."
 
Fonte: Livro "Entre a Terra e o Céu" - André Luiz / Chico Xavier