Espiritismo para Crianças

Percebemos que nossa sociedade, de modo geral, está passando por um

momento de crise e confusão na área dos relacionamentos humanos.

É claro que este tipo de crise existe há milhares de anos, porém, hoje, contamos

com a globalização sócio-cultural e mecanismos de comunicação que agravam e

espalham determinados conceitos e valores humanos deturpados com força e

rapidez nunca antes alcançados em nossa coletividade planetária. 

 

Os programas de TV – há raras exceções – não instruem e nem educam.

Refletem a baixa sintonia espiritual que a maioria de nós ainda vive. 

 

Muitos pais, preocupados com a educação dos filhos, não sabem o que fazer

diante do universo chamado Internet; outros, ficam perdidos quando surge uma

gravidez na adolescência; existem aqueles que vivem em constante ansiedade e

preocupação quando seus filhos saem às ruas, ameaçados pela violência de uma

sociedade desigual; muitos procuram psicólogos ou apelam para a punição ao

menor sinal de que o adolescente é usuário de drogas... enfim, o desafio em

educar uma criança, hoje, se torna mesmo desanimador para muitos casais. 

 

O que fazer? Precisamos entender que educar não é apenas instruir.

Instruir é a função principal da escola.

A maioria delas, infelizmente, procura apenas preparar o aluno para ingressar

em um universo competitivo, exigente, mas, muito além disso, a escola deve

colaborar com a educação, percebendo e trabalhando na criança seus potenciais

ocultos, tratando cada uma delas como um ser humano diferente, em vez de

tentar criar um grupo homogêneo, aniquilando os talentos individuais. 

 

Educar é o papel principal dos pais; desenvolver o caráter e inspirar valores

éticos, preparando a criança e o adolescente para viverem de forma solidária,

respeitando seus semelhantes; mostrar à criança que só é possível viver em

harmonia quando todos os seres humanos forem tratados com o mesmo

respeito.

Isso tudo é mostrar a real importância do “Amai-vos uns aos outros”. 

 

É muito importante o afeto e o diálogo com o recém-nascido.

Mas este carinho e diálogo deve ser aprofundado na fase infantil, onde o espírito

reencarnante está muito mais aberto a uma nova educação de valores, e é

justamente no namoro, na adolescência, onde ele começará a expressar os

valores assimilados na infância.

Um adolescente que conhece o valor do respeito saberá refletir isso no namoro e,

consequentemente, terá mais maturidade para construir uma família.

E é construindo uma família com sólidos alicerces morais que poderemos

possibilitar a cura espiritual, não apenas a nossa, mas de toda humanidade. 

 

A família é a base da educação.

Não vamos deixar que a sociedade imponha seus valores sobre nossos filhos.

Mostre para a criança as coisas boas da vida, seja na arte, na ciência... na

espiritualidade. 

 

Nossos filhos não são nossos.

São espíritos que a vida nos confiou para que possamos amadurecer juntos! 

 

Artigo escrito por Victor Rebelo

 

Fonte: Revista Cristã do Espiritismo